sexta-feira, 29 de maio de 2020

Rap

Como o rap se espalhou pelo mundo, hoje existem músicos cantando esse gênero musical em diversos idiomas: inglês, português, espanhol, árabe, entre outros. No entanto, os temas em geral, tratam da desigualdade social, do racismo e das demandas daqueles que se sentem oprimidos em um mundo em que as possibilidades de mudar de condição social são mais restritas a cada dia.
Na sequência, dois exemplos bem distintos de músicos que atuam no Hip-Hop:

Rap em espanhol
Calle 13 é um grupo formado por três irmãos de Porto Rico. A canção “Latinoamérica”, mistura a crítica social, as belezas e as dores que compõem a identidade do povo latino-americano.


Rap em português
Rincon Sapiência, é um rapper e poeta nascido na zona leste de São Paulo. Suas letras são contestadoras e falam do cotidiano da cidade. Em sua música “A volta pra casa”, relatam os desafios que muitas pessoas enfrentam diariamente nos caminhos entre suas casas e o trabalho, gastando horas em ônibus lotados e engarrafamentos.


Vamos então fazer levantamentos, aumentar o repertório cultural, resgatar memórias e compartilhar conhecimentos.

Atividade:  

- Pesquisar na internet, cds, revistas, ou livros:

1- Um artista latino-americano
a. Nome do artista
b. De qual país
c. Escolha uma música
d. De qual ano é essa música
e. Sobre o que ela fala

2- Escreva a lera da música “A volta pra casa” de Rincon Sapiência.

Boa aula!

By Professora Luciene - EMEF M`Boi Mirim I

Um comentário:

  1. 1- Um artista latino-americano
    a. Nome do artista
    Daddy Yankee

    b. De qual país
    Porto Rico

    c. Escolha uma música
    Shaky Shaky

    d. De qual ano é essa música
    14 de Julho de 2016

    e. Sobre o que ela fala
    Tremido Tremido

    2- Escreva a lera da música “A volta pra casa” de Rincon Sapiência

    A Volta pra Casa
    Rincon Sapiência

    Rincon Sapiência!
    Conhecido também como Manicongo, certo?
    Eis aqui mais uma canção dedicada a toda classe trabalhadora
    Tão cansativa como a rotina de trabalho
    É aquele longo trajeto de ir e vir
    Vamo nessa!
    Trabalhadora voltando pra casa
    Perguntando pra Deus: “Por que não tenho asas?”
    Pra voar pelos ares e voltar para o lar
    A real, ônibus cheio dói só de pensar
    Na bolsa um livro novo, não tem condição
    Leitura na multidão, frustração
    Nove horas o trabalho é bem mais suave
    Que as duas horas balançando na condução
    O dia inteiro dando duro
    Uma volta cansativa, ainda desce bem no ponto mais escuro
    A violência subindo de nível
    Do receio da solidão a sensação da mulher é horrível
    Ela caminha, semblante preocupado
    Escuridão, o bar da rua se encontra fechado
    Quanto vale uma vida? Pensa no seu pivete
    Na bolsa tem a Bíblia, também tem canivete
    Faça o bem que o bem vai te merecer
    Mas ela sabe que o pior pode acontecer
    Na madrugada pelo bairro impera o sono
    Holofote quebrado, matagal, abandono
    Se ela atrasa, seu dinheiro será descontado
    E a firma, ao menos, oferece o ônibus fretado
    E a sua mente, quente, como brasa
    Só vai relaxar quando entrar dentro de casa, ow!
    É hora de voltar pra casa
    Trabalhador só quer chegar bem
    Infelizmente não tem asas
    E precisa da ruas e das linhas do trem
    A condução está tão cara
    Conforto é algo que não tem
    Mas o trabalhador encara
    Essa rotina sem nunca depender de ninguém
    Da casa pro trampo, do trampo pra faculdade
    O corpo exausto, apesar da pouca idade
    Sem novidade, a mesmice na rota
    Tentando ser um bom funcionário com boas notas
    Trabalhar, estudar, nem sempre se encaixa
    Nem mesmo no fim da aula o aluno relaxa
    Pensa na volta, no clima lá fora
    O metrô não funciona por 24 horas
    Logo vem na mente os lençóis
    E o busão vai parando nos pontos e nos faróis
    É feroz esse desafio
    Manhã, tarde ou noite, é raro um busão vazio
    Ele se adianta, violência espanta
    Sua família ansiosa o espera pra janta
    A madruga é tensa quando um estouro canta
    A mãe já pensa coisas, dá um nó na garganta
    Ow, perigo em todos os lados
    Quanto mais dinheiro, vivem mais isolados
    A violência na cidade tem se espalhado
    Se isola mais ainda quem tem um carro blindado
    Andando com cuidado, os passos apertados
    Receio de sofrer abuso de um homem fardado
    Chegando em casa, ele se sente mais aliviado
    É recebido com o calor de um abraço apertado, ow
    É hora de voltar pra casa
    Trabalhador só quer chegar bem
    Infelizmente não tem asas
    E precisa da ruas e das linhas do trem
    A condução está tão cara
    Conforto é algo que não tem
    Mas o trabalhador encara
    Essa rotina sem nunca depender de ninguém.

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Obrigada pelo comentário, responderei assim que possivel.